
A Chevrolet anunciou o encerramento de suas operações industriais na Colômbia e no Equador em um movimento semelhante ao que a Ford fez há três anos no Brasil. Agora a marca vai apenas importar seus veículos para aqueles dois países. No Brasil a empresa iniciou a demissão de funcionários na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo, mas diz que por aqui as demissões são apenas para adequar seus gastos.

Fábrica da Chevrolet em bairro de Bogotá, na Colômbia (foto: reprodução)A movimentação de fechamentos e demissões da empresa alimentou grupos que difundem notícias falsas. Na sexta-feira (03/05) Turboway observou que voltaram a circular postagens em redes sociais afirmando que a Chevrolet fechará suas fábricas no Brasil. A montadora já afirmou anteriormente que estes conteúdos são falsos e que a empresa está investindo R$ 7 bilhões no país para mudar sua linha até 2028.
Sobre as demissões em São José dos Campos a empresa não se manifestou oficialmente. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos acredita que os cortes estão relacionados com a demissão de 800 funcionários no ano passado, que foram revertidos após um acordo com o Sindicato de estabilidade por 5 meses. Esse acordo venceu no início de maio.
A fábrica da Chevrolet em São José dos Campos já foi uma das maiores da marca (contamos parte de sua história aqui). Nos anos 2000 a empresa iniciou uma nova política na fábrica para a redução de gastos e migrou parte de sua produção para Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde atualmente é produzido o Onix. São José dos Campos ficou com a produção da S10 e da Trailblazer, veículos com menor volume de vendas.


Chevrolet Sprint foi um dos primeiros modelos da GM fabricados na Colômbia e nunca chegou ao Brasil (foto: reprodução)O problema nas fábricas colombiana e equatoriana está relacionado ao pequeno volume de produção. Ambas operavam atualmente com menos de 10% da capacidade total. A Chevrolet levou em conta que estes países podem continuar oferecendo produtos da marca levados de outros países, como Argentina e Brasil, onde ela já informou que continuará produzindo.
A fábrica colombina fica na capital Bogotá (falamos um pouco dela aqui) e a fábrica equatoriana fica na capital Quito. Nenhuma delas fornecia carros ao mercado brasileiro. Com o fechamento das duas fábricas a marca ficará com seis fábricas na América do Sul, sendo cinco no Brasil e uma na Argentina. Produtos como o Onix serão importados do Brasil para estes países.