No dia do lançamento do Nivus, quase tão chamativo quanto o próprio carro talvez tenha sido uma das cores divulgada no catálogo. O Cinza Moonstone - primo do Nardo Grey - fez sucesso entre consumidores que viram a cor pela primeira vez e também entre entendidos do assunto, que reconheceram a cor de outros catálogos alemães.
Nivus Cinza Moonstone, cor derivada do Nardo Grey - foto: divulgação/VWO Cinza Moonstone já existe no Brasil, mas é raro, pois está presente em carros de muito luxo, como o Audi RS4, que custa a partir de R$ 620 mil. De uns anos para cá, bombou no aftermarket. Muitos donos mudam a cor do carro e optam pelo Moonstone - na internet mais difundido como Nardo Grey, da Audi. As buscas pela tinta automotiva Nardo Grey, inclusive, bombam em sites como o Mercado Livre.
A cor já estampa muitos carros na Europa, principalmente os do grupo Volkswagen. Além do Audi RS4, o Golf MK8 vem de fábrica com essa opção de cor. E foi justamente em uma visita à sede alemã que a especialista em cores da montadora decidiu trazer a cor pro Nivus. "Eu vi muitos superesportivos em cinza sólido– fotografei vários com meu celular – e então resolvi sugerir para o Nivus", revelou Telma Blasquez, em texto na página oficial da Volkswagen.
2018 Audi RS4 Avant in Nardo Grey pic.twitter.com/JIVyiTLuw6
A inspiração, claro, veio da Lua. Moonstone significa literalmente 'rocha da Lua'. Como a Nasa já nos provou, nosso satélite natural tem uma cor cinza muito própria. Na Terra mesmo existe um mineral de mesmo nome. A pedra da lua, azulada como gema, é acinzentada enquanto mineral bruto.
Uma rocha extraída da Lua, literalmente uma Moonstone - foto: divulgação/NasaPor aqui, o Nivus Cinza Moonstone está presente apenas na versão Highline, a topo de linha. Mas, por incrível que pareça, não é a cor mais cara, já que adiciona R$ 990 ao preço final, contra R$ 1.570 das metálicas Cinza Platinum e do Cinza Sirius.
Mas, apesar de parecer diferente, o Cinza Moonstone é classificado como cor comum. Cinza foi a terceira cor de carro mais comprada em 2020 no mundo, atrás apenas da branca e da preta. Ficou à frente, inclusive, da prata.
A sobriedade talvez um dia acabe. Com a crescente ideia de que um carro é menos patrimônio e mais bem passageiro, pode haver uma mudança de postura. A falta de apego pode fazer o cliente ousar na cor, sabendo que depois de um tempo o carro não será mais dele e ele não terá a dor de cabeça de precisar vender um carro colorido, tabu nos dias de hoje.
